A relação do Karatê com a meditação se estabelece na medida em que é uma meditação ativa. A forma tradicional ensinada por Funakoshi
tem como base a filosofia do Budô, que usa aspectos do estilo de vida dos samurais do Japão feudal e os traduz para o autodesenvolvimento na vida moderna.
Ao praticar o Karatê, aspectos do caráter e aprimoramento da personalidade são trabalhados. O corpo beneficia-se com fortalecimento dos ossos, pulmões, coração, correção postural.
O exercício correto e preciso mantém a mente desperta; o controle da respiração, o corpo desperto; a doença psicológica da preguiça é retirada em suas raízes, melhora o controle mental já no primeiro mês de prática.
Há um lema, bem bonito:
- esforçar para a formação do caráter;
- fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão;
- criar o intuito do esforço;
- respeito acima de tudo;
- conter o espírito de agressão.
Isso tudo tem explicação. A exigência da coluna ereta proporciona respiração correta; as bases e as posições dos pés e das pernas dão estabilidade e pressionam o Hara, manipulando física, anatômica, energética e psicologicamente o praticante. Coincidentemente, atuando em cima da região onde se localizam as energias dos chakras básico (1o., vermelho, muladhara), sexual (2o. laranja, swadishthana), umbilical (3o. amarelo, manipura) e cardíaco (4o. verde, anahata).
Com a mão na massa:
O karatê amplia a percepção através da postura, da respiração e do movimento. Há constantes mudanças do centro de gravidade, não é fácil dominar o corpo. É preciso dominar a mente, limpá-la e atingir um equilíbrio mental. Por diversas vezes, após fazer as sequencias de movimentos, eu pulo, como se para liberar uma energia que ficou controlada. Pratico há um mês.
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